A Páscoa é um evento religioso, celebrado pelo cristianismo e judaísmo. Mas você já percebeu que a data da Páscoa muda a cada ano? Ou seja, é uma data móvel. E, afinal, o que isso tudo tem a ver com a física? Olha só:

A data da Páscoa é determinada de acordo com uma fórmula que segue alguns eventos astronômicos. Isso mesmo. Esse cálculo também influencia em outras comemorações religiosas, mas para entendermos como ele se deu é preciso voltar um pouco na história.

Antigamente, os religiosos acreditavam que a ressureição de Cristo (comemorado na Páscoa) havia acontecido num dia próximo de uma Lua Cheia e perto de um Equinócio, que é quando o Sol cruza a linha do Equador e o dia e a noite tem a mesma duração. Dessa forma, o Concílio Geral de Nicéia, primeira conferência de bispos da igreja católica, ainda quando era utilizado o calendário Juliano, criado pelo Imperador romano Caio Júlio César, determinou que:  a Páscoa acontece sempre no primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia que ocorre após o Equinócio de Primavera no hemisfério norte ou de Outono no hemisfério Sul.

Após algum tempo, o calendário Juliano passou a apresentar alguns problemas e a Páscoa acabava acontecendo mais próximo ao meio do ano. Então foi feita uma reforma no calendário, que passou a ser Gregoriano. A partir de então a regra ficou definida como: a Páscoa acontece sempre no primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia que ocorre após o dia 21 de março. Dessa forma, a Páscoa nunca acontece antes do dia 22 de março nem depois do dia 25 de abril.

Apesar de existirem cálculos exatos da data, onde é considerada a Lua “média” e não a Lua Cheia real, entre outros algoritmos, podemos entender a regra seguindo o exemplo da data da Páscoa neste ano de 2015. A primeira Lua Cheia depois de 21 de março acontece no dia 4 de abril, que é um sábado, logo, o primeiro domingo será o dia 5 de abril, data da Páscoa.

Viu só como a física está presente em tudo? Continue acompanhando nosso blog e Feliz Páscoa!