O que é o Zero Absoluto
Esta é, teoricamente, a temperatura mais baixa do universo. Quando alcançassem esta temperatura as moléculas de um corpo parariam de se mover e a entropia atingiria seu valor mínimo.
A noção de existir uma “temperatura mínima” no universo foi primeiro considerada pelo cientista Robert Boyle, no século XV. No século XVI, o físico francês Amontons Guillaume, a partir de testes em seu termômetro de ar, definiu que a menor temperatura possível era a de -240°C.
Outros cientistas tentaram alcançar uma temperatura menor e, em 1800, o físico britânico William Thomson, também conhecido como Lord Kelvin, estabeleceu o zero absoluto em -273,15°C, ou 0 Kelvin, criando assim uma escala de temperatura absoluta que é usada até hoje.
Como atingir o zero absoluto
As moléculas que formam os corpos estão em constante movimento, quanto menor é este movimento, menos energia e calor elas produzem. Assim, quando a energia cinética destas moléculas cessa, quer dizer que elas atingiram o zero absoluto, estão imóveis. Porém, este fenômeno nunca foi encontrado na natureza. Por exemplo, o ponto mais frio do universo conhecido pelo homem é a Nebulosa de Bumerangue, que chegou a -272°C.
Experiências realizadas com corpos ultrafrios (muito próximos a 0 K) apresentaram três “efeitos colaterais”: a supercondutividade, que cria um campo magnético; a superfluidez, em que um líquido parece ser livre de viscosidade e pode subir paredes; e a condensação de Bose-Einstein, em que as diversas partículas que formam um corpo agiriam de forma condensada, como um único átomo gigante.
É impossível chegar ao zero absoluto? Não. Cientistas da Universidade Ludwig Maximilian, na Alemanha, conseguiram algo incrível e considerado impossível: criaram um gás quântico, a partir de átomos de potássio, que ultrapassou em alguns bilionésimos de grau o 0 K. Até então o mais próximo que se havia chegado dessa temperatura era 0,000000000001 K.
No gás produzido puderam perceber um comportamento semelhante ao da energia escura, matéria que intriga os cientistas ao manter a expansão do universo, ignorando a ação da gravidade. Este é um ponto interessante: o físico Achim Rosch, da Universidade de Cologne, calculou que moléculas em um sistema abaixo do zero absoluto passam a flutuar, não sendo afetadas pela gravidade.
Os estudos com o zero absoluto podem permitir que cientistas compreendam melhor o nosso universo e o que está acontecendo com ele.
Muito bacana esse conteúdo!
É interessante os fenômenos naturais e até onde o ser humano conseguiu entender e provar.
Como pode uma molécula flutuar ignorando a atração da gravidades ao atingir temperaturas mais baixas que o zero absoluto.