Física quântica no dia a dia: Como escutar o coração do bebê

por iw_azeheb 04 jan

Independentemente do ambiente, falar em física quântica é trazer a tona muitos olhares desconfiados e teorias mirabolantes. Afinal, essa é uma área desconhecida da maior parte da população. E não é por acaso que, mesmo sem saber, usamos a física quântica no dia a dia. Desde sensores óticos presentes nos elevadores, até no feixe de luz que nos controles remotos.

Mas antes de saber como aplicar a física quântica no seu dia a dia, conheça um pouco mais sobre seus conceitos. Confira:

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O que é física quântica?

Apesar de possuir uma conotação desconhecida da maior parte da população, a física quântica contribuiu para áreas como a química e a filosofia. Esse ramo de estudo teórico analisa eventos relacionados às partículas atômicas e subatômicas.
Dessa forma, a física quântica apresenta-se como uma área da ciência dedicada às micropartículas, tais como:

  • Átomos;
  • Elétrons;
  • Prótons;
  • Moléculas;
  • Fótons.

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Como escutar o coração do bebê usando física quântica?

A física quântica está presente sim no dia a dia, e está mais próxima do que se imagina. Afinal, o próprio corpo humano é formado por essas micropartículas!

Foi pensando nisso que pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, desenvolveram uma ferramenta capaz de ouvir os batimentos do bebê ainda na barriga de sua mãe.

Como se sabe, o eletrocardiograma funciona como uma forma de ler os pulsos elétricos que são demonstrados em gráficos. No entanto, ele somente funciona quando os eletrodos da máquina estão conectados diretamente ao paciente.

Denominada de magnetocardiograma, a ferramenta dinamarquesa funciona com o auxílio do magnetismo. Juntos eles detectam batimentos cardíacos sem encostar na barriga da mãe.

Na prática, funciona assim: o vapor de césio fica confinado em um tubo de vidro de alguns milímetros, selado a vácuo. Então ele é exposto a lasers, em um processo chamado pump and probe. “Primeiro, eles usam lasers com polarização circular para excitar os átomos de césio. Esse é o pump, e serve para causar uma perturbação no sistema. Logo em seguida eles mandam um outro pulso de laser (o probe), agora linearmente polarizado. O probe mede a resposta do sistema ao pump.”- Gabriel Landi, físico teórico da USP.

Dessa forma, a engenhoca desenvolvida pelos dinamarqueses representa um avanço na tecnologia. Uma vez que, analisando previamente os batimentos cardíacos é possível diagnosticar problemas como a arritmia.

É importante esclarecer que esse não o primeiro magnetocardiograma desenvolvido. No entanto, devido a sua maior resolução pode vir a se tornar cada vez mais frequente o uso dessa ferramenta nos hospitais. Trazendo, dessa forma, a física quântica ao dia a dia das pessoas!

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